GÊNERO: DRAMA | ROMANCE
ORIGEM: FRANÇA | UK
DIÁLOGO: INGLÊS
LEGENDA: PT-BR (EMBUTIDA)
TAMANHO: 394 MB
FORMATO: RMVB
Na Inglaterra do século 19, a esforçada senhora Bennet (Brenda Blethyn) dedica sua existência a casar suas cinco filhas. Naquela época, e naquela condição social, o casamento é visto como a melhor maneira de se conseguir uma vida melhor. A notícia da chegada à cidade de um certo Sr. Bingley (Simon Woods) põe em alvoroço a família casadoira: tem baile à vista! E, conseqüentemente, flertes, namoros, paixões e, quem sabe... Casamentos. Ou decepções? Assim tem início mais um filme baseado na obra da escritora Jane Austen (1775-1817), a mesma autora de Emma, Razão e Sensibilidade e Mansfield Park (que originou o filme Palácio das Ilusões).
À primeira vista, a trama pode até ser banal, mas uma segunda análise revela que, por trás de muito encanto e frescor, o filme trata com leveza um tema que poderia ser pesado: a incomunicabilidade. Corações que se encantam e se quebram porque são obrigados a se curvar à falsidade das convenções sociais de uma época que prioriza as aparências. Uma sociedade hipócrita na qual o casamento é apenas um contrato financeiro entre as partes interessadas, e onde os verdadeiros apaixonados são condenados a mar em silêncio. Quanto à priorização das aparências, talvez pouca coisa tenha mudado de 1800 para cá.
Cinematograficamente, a direção é um show. A câmera do novato Joe Wright (que já havia dirigido três minisséries de TV, mas nenhum longa para cinema) passeia com leveza e desenvoltura tanto pelos animados salões de baile como pelas sisudas ambientações de uma Inglaterra conservadora. Nos ambientes externos, não se acanha em contemplar o espectador com planos generosamente escancarados que, combinados a uma fotografia exuberante e à música abertamente rasgada, resgatam o prazer da tela grande nestes tempos de vídeo e DVD. Há passagens de tempo cinematograficamente poéticas. A simples alteração de luz, sem cortes, enquanto o quadro permanece focando o rosto de um único personagem, pode indicar um corte de horas. Ou dias. Nas cenas de dança, olhares e expressões corporais falam mais alto que o próprio texto de Jane Austen. Um texto, aliás, deliciosamente adaptado no roteiro de Deborah Moggach, também estreante em cinema, com diálogos afiados que fazem o espectador lamentar não ter uma caneta à mão.
- Dança, sr. Darcy?
- Não se eu puder evitar, Srta. Bennet.
Precisa dizer mais?
Wright também é generoso com seus atores. Todos eles, por mais coadjuvantes que sejam, garantem seus segundos de estrela, quer num olhar, num plano bem construído ou numa fala significativa. E, como a última impressão é a que fica, o filme reserva sua cena final para um show particular do irrepreensível Donald Sutherland. Mas, sem dúvida, Orgulho e Preconceito marca o primeiro grande papel de Keira Knightley, que já havia chamado a atenção da crítica e do público em Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra, Rei Arthur e Simplesmente Amor, mas que consegue agora entrar na seleta lista das indicadas ao Oscar.
Curiosidades: não está nos créditos, mas a atriz Emma Thompson (que esteve em Razão e Sensibilidade) colaborou na versão final do roteiro do filme.
À primeira vista, a trama pode até ser banal, mas uma segunda análise revela que, por trás de muito encanto e frescor, o filme trata com leveza um tema que poderia ser pesado: a incomunicabilidade. Corações que se encantam e se quebram porque são obrigados a se curvar à falsidade das convenções sociais de uma época que prioriza as aparências. Uma sociedade hipócrita na qual o casamento é apenas um contrato financeiro entre as partes interessadas, e onde os verdadeiros apaixonados são condenados a mar em silêncio. Quanto à priorização das aparências, talvez pouca coisa tenha mudado de 1800 para cá.
Cinematograficamente, a direção é um show. A câmera do novato Joe Wright (que já havia dirigido três minisséries de TV, mas nenhum longa para cinema) passeia com leveza e desenvoltura tanto pelos animados salões de baile como pelas sisudas ambientações de uma Inglaterra conservadora. Nos ambientes externos, não se acanha em contemplar o espectador com planos generosamente escancarados que, combinados a uma fotografia exuberante e à música abertamente rasgada, resgatam o prazer da tela grande nestes tempos de vídeo e DVD. Há passagens de tempo cinematograficamente poéticas. A simples alteração de luz, sem cortes, enquanto o quadro permanece focando o rosto de um único personagem, pode indicar um corte de horas. Ou dias. Nas cenas de dança, olhares e expressões corporais falam mais alto que o próprio texto de Jane Austen. Um texto, aliás, deliciosamente adaptado no roteiro de Deborah Moggach, também estreante em cinema, com diálogos afiados que fazem o espectador lamentar não ter uma caneta à mão.
- Dança, sr. Darcy?
- Não se eu puder evitar, Srta. Bennet.
Precisa dizer mais?
Wright também é generoso com seus atores. Todos eles, por mais coadjuvantes que sejam, garantem seus segundos de estrela, quer num olhar, num plano bem construído ou numa fala significativa. E, como a última impressão é a que fica, o filme reserva sua cena final para um show particular do irrepreensível Donald Sutherland. Mas, sem dúvida, Orgulho e Preconceito marca o primeiro grande papel de Keira Knightley, que já havia chamado a atenção da crítica e do público em Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra, Rei Arthur e Simplesmente Amor, mas que consegue agora entrar na seleta lista das indicadas ao Oscar.
Curiosidades: não está nos créditos, mas a atriz Emma Thompson (que esteve em Razão e Sensibilidade) colaborou na versão final do roteiro do filme.
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2 Responses to “ORGULHO E PRECONCEITO (2005) - LEGENDADO”
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Adoro esse filme
No seu rastro
bjbj
como faco pra assistir este filme com legendas?neste saite nao estou conseguindo
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