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CINEASTA: ROLAND EMMERICH
GÊNERO: DRAMA/ GUERRA
ORIGEM: ALEMANHA /USA
DIÁLOGO: PORTUGUÊS
LEGENDA: SEM LEGENDA
TAMANHO: 528MB
FORMATO: AVI
Sinopse: Heróico.Corajoso. Destemido. Simpático. Carismático. Capaz de dar um chilique histórico, se for preciso, e arrancar algumas cabeças, sem perder a classe. Pai de sete filhos. Alguém no planeta poderia pensar em outro ator – fora Mel Gibson -para interpretar um personagem assim? Parece impossível.
Na superprodução O Patriota, Mel Gibson novamente vive um homem atormentado que perdeu a família (ou parte dela) e está a um passo de uma terrível vingança. Seu personagem, Benjamin Martin, poderia ser tataravô de Mad Max ou de Martin Riggs (o policial que viveu na série Máquina Mortífera), ou quem sabe tataraneto de William Wallace (de Coração Valente), ou até um primo próximo de Tom Mullen (o paizão de O Resgate). Todos têm inúmeros pontos comuns entre si, principalmente a capacidade de enlouquecer quando o assunto é família. Por isso, Mel Gibson está absolutamente à vontade no seu novo/velho papel, e com certeza não se arrependeu de ter recusado filmar Gladiador exatamente para poder se engajar no projeto O Patriota.
A história começa em 1776, em plena guerra da independência contra a Inglaterra. Benjamin (Mel) é um pacífico fazendeiro viúvo que faz o que pode para sustentar seus sete filhos. Os ânimos patrióticos do período, porém, acendem nos seus garotos mais velhos – Thomas e Gabriel – o estúpido desejo de se alistar no exército americano. Benjamin, veterano da guerra contra os franceses, conhece de perto os horrores que um conflito armado pode trazer, sendo – justamente por isso - um pacifista radical. Mas se a família não vai à guerra, a guerra vem à família: não demora muito para Benjamin testemunhar verdadeiras carnificinas dentro de seu próprio quintal. O pacifismo se transforma numa irrealizável utopia.
A partir daí, o diretor Roland Emmerich (igual ao que ele já havia feito antes em Independence Day), e o roteirista Robert Rodat (igual ao que ele já havia feito antes em O Resgate do Soldado Ryan) passam a brindar o espectador com cenas de patriotismo explícito. Mel Gibson emerge da relva, a galope, empunhando uma bandeira esvoaçante dos Estados Unidos. Bandeiras também pipocam – sabe Deus vindas de onde – na grande cena da batalha final. Com total ingenuidade (ou absoluta malícia, quem poderia dizer?) o alemão Emmerich vem se especializando em oferecer ao povo mais patriota do mundo as cenas mais patriotas que o cinema pode filmar. Parece propaganda de alistamento militar. O título do filme não é um mero acaso.
O Patriota é um imenso folhetim de 110 milhões de dólares, extremamente bem produzido. Por quê? Vamos por partes, como faria o exército britânico: (1) o herói é perfeito, gente boa mesmo; (2) os vilões são terríveis e caricatos, e só pensam em glória, poder e riqueza; (3) o herói se segura como pode para não perder a cabeça, e só o faz em defesa da família. E por que não dizer, da família, da tradição e da propriedade... (4) um pequeno colar passa de geração em geração para marcar a renovação dos valores (uau, esta é nova!); e (5) herói e vilão se confrontam numa apoteótica cena final, de preferência em câmera lenta além de, é claro (6), o Bem vencer o Mal. Ficou faltando algum clichê?
E mesmo assim, é quase impossível não se emocionar em vários momentos de O Patriota. Também, pudera: dá para resistir a uma cena onde o vilão baleia uma criança pelas costas? E em câmera lenta? Dá para resistir a uma garotinha de cinco anos chorando para o pai não ir à guerra? E que tal transformar o soldadinho de chumbo de um menino morto numa bala de revólver? Golpes baixos, Herr Emmerich, golpes muito baixos..! Em tempo: na vida real, Mel Gibson também tem sete filhos. "
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